O número de visitas escolares, individuais e estrangeiras no Estádio Olímpico do Pará Edgar Proença (Mangueirão) vem aumentando a cada ano e dentre elas há visitantes mais que especiais, são aqueles portadores de algum tipo de deficiência física ou mental. Por ocasião de sua reinauguração em 2002, o Estádio foi totalmente adaptado para receber Pessoas com Deficiência (PCD), especificamente os cadeirantes, que ganharam um lugar reservado para eles, assim como banheiros adaptados. É com frequência que o Centro de Visitação Estádio Olímpico do Pará (CVEOP) recebe visitantes PCD, e a adaptação do local é adequada para tornar a visita o mais confortável possível para eles.
Entre os visitantes Portadores de Necessidades Especiais (PNE), destaca-se, neste momento, os com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isto, pois, no dia 03 de Maio de 2019, o Estádio recebeu a visita de 45 alunos da Escola Triunfo, com idade entre 13 e 15 anos, dentre os quais dois portadores do TEA. Com vistas a melhor recebe-los, o Centro de Visitação contou com o apoio e orientações da Coordenadoria de Acessibilidade (CoAcess) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Esta Coordenadoria realizou uma breve capacitação para os dois estagiários e a bolsista do CVEOP, com o intuito de que a visita fosse realizada de maneira mais confortável para os portadores do TEA.
Fotografia 1 – Alunos da Escola Triunfo.
Fonte: Arquivos do CVEOP, 2019.
Essa capacitação foi organizada pela Profª Drª Vânia Quadros, coordenadora do Programa Centro de Visitação em Espaço de Interesse Turístico, e teve como palestrante a Profª Rose Prado, integrante da equipe TEA/CoAcess/SAEST/UFPA. Na capacitação foram abordados assuntos como os tipos de sensibilidade; atividades para realizar com quem possui TEA e a importância do acompanhamento materno. No dia da visita, além dos estagiários do Centro de Visitação houve, também, o acompanhamento do Rafael Gomes, bolsista do CoAcess.
Fotografia 2 – Integrantes da Escola CET, CoAcess e CVEOP.
Fonte: Adriano Nascimento, 2019
Dessa maneira, foi possível ampliar o leque de conhecimentos sobre a acessibilidade de todos os tipos de deficiência e o Estádio expandiu suas metodologias para receber os visitantes. Por meio da parceria entre o CoAcesse e o Centro de Visitação, os ensinamentos que todos receberam foram imprescindíveis para o crescimento pessoal e profissional de cada um e também do Centro de Visitações.
Vale ressaltar que, com o intuito de promover acessibilidade aos estudantes dos cursos de graduação da UFPA com todos os tipos de deficiência, foi criado o Núcleo de Inclusão Social (NIS), em 2012. Até o ano de 2016, o público principal para atendimento era composto por pessoas com deficiência, afrodescendentes e indígenas. Somente em 2017, o NIS passou a ser denominado CoAcess. Assim sendo, o atendimento foi expandido para outros tipos de deficiência, como o Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) e Altas Habilidades (AH).
Texto: Amanda Silva
Referências:
História da Coordenadoria de Acessibilidade. Disponível em:<http://saest.ufpa.br/coacess/> Acesso em: 05 mai. 2019.
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