Constituída por um tripé educacional (pesquisa, ensino e extensão), a Universidade Federal do Pará proporciona o desenvolvimento de projetos e programas com o objetivo de desenvolver atividades práticas decorrentes do ensino. E que possibilitem aprimoramento do aluno para o mercado de trabalho ou meio acadêmico.
Entre os diversos programas e projetos existentes, destaque para o Programa Centros de Visitação em Espaços de Interesse Turístico, vinculado à Faculdade de Turismo (FACTUR), do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA). Tal programa congrega, entre outros, o Projeto Mangueirão da Memória: resgate digital e patrimonial do Estádio Olímpico do Pará Edgar Proença. É como parte integrante deste que está o Grupo de Estudos Interdisciplinar de Turismo (GEITUR).
O GEITUR foi criado em 2016, com dois grandes temas. O primeiro intitulado “Patrimônio e Turismo: estudos bibliográficos do turismo cultural, a partir do Estádio Olímpico do Pará como patrimônio” tem como objetivo geral criar um novo grupo de estudo para o programa “Centros de Visitação em Espaço de Interesse Turístico” para permitir aos alunos do curso de Bacharelado em Turismo discutir, de maneira mais aprofundada, diferentes temas importantes para o desenvolvimento/ensino do discente, tais como patrimônio, turismo, turismo cultural, esporte/lazer. Assim como eixos transversais, demonstrando a multidisciplinaridade existente.
O segundo eixo tem por tema “Memória e Turismo: atividade turística como possibilidade de resgate da memória sociocultural do Estádio Olímpico do Pará”. O objetivo deste é inventariar e construir um catálogo de referências bibliográficas e documentais sobre a história do Estádio Olímpico do Pará. Isto, partir do exercício da pesquisa em campo, nas bibliotecas para catalogar informações sobre o Estádio.
Para melhor compreensão sobre Grupo de Estudos Interdisciplinar de Turismo (GEITUR), e no contexto do Blog Mangueirão da Memória, foi realizada, em 2017, uma entrevista com a coordenadora do grupo de estudos, a Prof.ª Ma. Diana Priscila Sá Alberto, da FACTUR/ICSA. A seguir, segue a transcrição da íntegra da entrevista.
Blog: Como surgiu a ideia de criar o Grupo de Estudos?
Coordenadora: A ideia do grupo de estudos surgiu ano passado, em 2016, quando fui convidada a participar do projeto de pesquisa da Prof.ª Vânia sobre Políticas Públicas e Turismo. Na verdade, eu já tinha há muito tempo a vontade de criar na Faculdade um grupo de estudos, pois na minha época de estudantes não tínhamos. E então eu tinha essa ideia desde que entrei na Faculdade, como docente.
Blog: Qual a importância do Grupo de Estudos para os alunos de turismo?
Coordenadora: A importância de um grupo de estudos é de incentiva-los a buscar mais teoria para aprofundar o estudo do turismo, seja na academia, seja também no mercado. Pois é necessário estudar para ter melhores resultados seja na pesquisa cientifica do turismo, seja no mercado da atividade.
Blog: O que irá acrescentar na formação enquanto discente e futuro profissional de turismo?
Coordenadora: Na minha concepção um grupo de estudos não somente fortalece o conhecimento de uma área/disciplina, como também traz conhecimentos ampliados para quem participa deste. O discente de Turismo tem a oportunidade de ver várias disciplinas ao longo de seus 4 anos de graduação. Desde a Administração, passando pela História, Antropologia entre outras disciplinas. Essa gama de diversidade de conhecimento traz para a aluna, o aluno de Turismo uma possibilidade de enveredar por diversas áreas do conhecimento. Claro que, para a academia, o caminho é mais prática de estudos, leituras, escrita de artigos, projetos de pesquisa, extensão. Mas, também, vejo isso importante, para o(a) discente, que vai para o mercado. É importante o profissional ter conhecimento variado.
Blog: O Grupo de Estudos pretende deixar de ser restrito ao Mangueirão e abordar outros temas e/ou outros espaços futuramente?
Coordenadora: Sim, nós já iniciamos ano passado com tema de Politicas Públicas, e estamos atualmente com os temas Memória e Patrimônio, inseridos no Projeto de Extensão e no Programa, que tratam especificamente do Mangueirão. Mas, o Grupo de Estudos Interdisciplinar em Turismo, pretende ser um programa independente. Isso não vai acontecer em 2018, pois estarei de licença para o doutorado. Mas vou deixar essa, digamos, “semente” para que no meu retorno, possamos elaborar esse programa, e integrar outros professores da FACTUR, e quem sabe de outras faculdades.
Blog: Quantos discentes participaram e que integram atualmente o Grupo de Estudos?
Coordenadora: Atualmente, nós temos no GEITUR Memória 8 discentes, e no GEITUR Patrimônio 9 discentes, com total de 17 alunos (as). Parece um número pequeno, mas nossas atividades são bastantes intensas.
Blog: Como o Grupo de Estudos estimula a produção científica, a partir de leitura e discussão dos textos que são previamente selecionados?
Coordenadora: Bem, quando preparo os textos vejo teoria que traga uma visão ampla do tema central, como por exemplo: conceito de memória. E, depois, leituras que façam a relação com a atividade turísticas, e aí essas leituras podem auxiliar os discentes a pensarem artigos científicos para escrever, e quem sabe um trabalho de conclusão de curso. E a própria metodologia do grupo de estudos, onde cada um fica responsável por ler e fazer um fichamento e no dia, todos temos de já ter lido o texto, e fazer o acompanhamento junto com o responsável pelo fichamento. Isso tem ajudado muito a eles a se interessarem pela leitura e exercitar a escrita.
A partir dessa entrevista com a Prof.ª Diana Alberto constata-se que o GEITUR, beneficia jovens/adultos na Faculdade de Turismo, em torno do grupo de estudo sobre Memória e Patrimônio, a partir do Estádio Olímpico Edgar Proença. Percebe-se, ainda, que o GEITUR estimula os acadêmicos à leitura e pesquisa, contribuindo no processo educacional e oportunizando aos eles debater questões importantes para o turismo, não somente na região, assim como em âmbito nacional e internacional ao serem estudados textos de diferentes autores, abordando sobre diversas localidades do mundo.
Texto: Evelyn Barros
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