O início da década de 1920 é marcado pela criação de estádios de futebol no Brasil. A idealização de um estádio estadual no Pará surge a partir da necessidade de criação de um espaço para as práticas esportivas, no que se refere ao futebol. O momento de maior difusão foi na década de 1960, no governo do Presidente Vargas, ao buscar criar uma identidade para o Brasil por meio do esporte.
Na segunda metade da década de 1960, o então prefeito de Belém (PA), Sr. Alacid Nunes tomou a decisão e informou, no estádio “Evandro Almeida”, a desapropriação do espaço, para a construção do Mangueirão. Este seria localizado na Avenida Doutor Freitas (atualmente nas proximidades do Centro de Convenções Hangar) (Figura 1), para fazer ligação entre as avenidas e ruas, como a Avenida Almirante Barroso. Diante disto, Alacid Nunes entregou, em 1969, desta feita em seu mandato enquanto Governador do Estado do Pará naquele período, ao responsável Alcyr Meira (engenheiro) o valor de vinte mil cruzeiros novos como pagamento para iniciação das obras.
Figura 1 – Localização do Estádio Mangueirão anunciada por Alacid Nunes
Fonte: Google Maps (2018).
Por questões políticas, o Mangueirão passou a ser construído no bairro Nova Marambaia, na Avenida Augusto Montenegro, em uma área militar e também de terrenos particulares. Surge então, uma dificuldade na construção do espaço: tendo em vista ser uma área militar, necessitava de liberação para que o terreno fosse adquirido e construído. E foi o que ocorreu. O governador Alacid Nunes recebeu autorização do Ministério da Marinha para que a Fundação Desportiva Paraense iniciasse as ações de construção do Estádio Olímpico do Pará no bairro da Nova Marambaia, atual local do Mangueirão (Figura 2).
Figura 2 – Estádio Olímpico do Pará na Avenida Augusto Montenegro
Fonte: Google imagens (2018).
Referência
MONTEIRO, Sinei Soares. Futebol, Ditadura e Trabalho: uma análise das relações políticas e sociais no campo desportivo paraense (1964 – 1978). Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de PósGraduação em História Social da Amazônia, Belém, 2009.
Texto: Evelyn Barros
Comments